segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Era assim. Uma casa vazia. A escuridão a espreitar por cada fresta, por todas as palavras que se deixaram escritas na parede. Escuridão em cada nesga de luz que não entra...E o chão. E esse chão que a cada passo desaparece. A cada palavra em falso que tu dizes...

domingo, 23 de outubro de 2011

As lágrimas caíram ontem. E hoje. E amanhã continuarão presas ao meu olhar, turvando-me o pensamento, o que sinto, tudo o que tenho. Tudo por te amar. E me deixar ficar presa a ti, de dar tudo o que tenho, para apenas receber isso. Tu e as tuas dúvidas. Um dia é tudo o que tens.

domingo, 16 de outubro de 2011

Mais um passo no teu encontro,
um pedaço de nada que caiu em ti,
que se estende aos teus pés...
Eternamente.
Repetidamente,
deixa-te ficar aí.
Deixa-me só olhar,
sentir,
amar-te uma vez mais.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

As lágrimas secaram, de tanto chorar. Caíram, toldaram-me os olhos, as faces com essas gotas a escorrer, a cair incólumes no meu corpo, no chão, na minha roupa. Fui todo o caminho a chorar. “Próxima estação: Fogueteiro”. E as lágrimas a cair, sempre a cada soluço por ti, por te saber perdida, desesperada…e eu tão longe. E eu num comboio, “Próxima paragem: Pragal”, e eu a ver a ponte, enquanto tu te perdes, enquanto as gotas caem e as palavras não saem. Quero saltar, cair também eu com as lágrimas, cair contigo, ao pé de ti, sim contigo. Fim da viagem, saio para que ninguém me veja, não assim, com a cara desfeita, o olhar perdido a pensar em ti.

sábado, 1 de outubro de 2011

Cansada.
Os passos são apenas pegadas de sangue,
as palavras caídas das mãos,
em silêncio.
Vazias de ti,
do que eras.
Do que foste.