Cedo. Na morte de ti. Na
máscara que ponho e tiro sem cessar. Amo-te. Agarro-me ao teu passado, ao nosso
viver, ao mar que te leva assim…sem mim.
Sem mim. Sem ti. Nós afogamo-nos
juntos nesta alma, neste terror. Cedo para ti. Cedo à dor, ao fogo, à sombra
que me atormenta. Estendo a mão e agarro o nada do presente. O nada daquilo que
sei ser meu. E não páro, nunca. E as palavras não param e caem como chuva em
ti. Em mim. As palavras que me traem, que me fazem chorar, que me levam esta
dor apenas para vir mais…