quinta-feira, 18 de dezembro de 2014


As palavras morrem.

Apodreço por dentro, rasgo-me inteira.

Desapareço, esqueço-me.

Não quero existir. Não me quero.

As lágrimas caem e eu não existo.

Morro por dentro.

Abraço-me inteira quando nada sou.

No nada de não nos ter.

domingo, 7 de dezembro de 2014

Cedo em ti...


Cedo. Na morte de ti. Na máscara que ponho e tiro sem cessar. Amo-te. Agarro-me ao teu passado, ao nosso viver, ao mar que te leva assim…sem mim.
Sem mim. Sem ti. Nós afogamo-nos juntos nesta alma, neste terror. Cedo para ti. Cedo à dor, ao fogo, à sombra que me atormenta. Estendo a mão e agarro o nada do presente. O nada daquilo que sei ser meu. E não páro, nunca. E as palavras não param e caem como chuva em ti. Em mim. As palavras que me traem, que me fazem chorar, que me levam esta dor apenas para vir mais…