domingo, 7 de dezembro de 2014

Cedo em ti...


Cedo. Na morte de ti. Na máscara que ponho e tiro sem cessar. Amo-te. Agarro-me ao teu passado, ao nosso viver, ao mar que te leva assim…sem mim.
Sem mim. Sem ti. Nós afogamo-nos juntos nesta alma, neste terror. Cedo para ti. Cedo à dor, ao fogo, à sombra que me atormenta. Estendo a mão e agarro o nada do presente. O nada daquilo que sei ser meu. E não páro, nunca. E as palavras não param e caem como chuva em ti. Em mim. As palavras que me traem, que me fazem chorar, que me levam esta dor apenas para vir mais…

4 comentários:

São disse...

Seja bom o regresso!

O texto, tal como aprecio, diz muito em breves palavras.

Bom feriado :)

GarçaReal disse...


Um amor do passado esperando a realização no presente.

Muito bonito e triste....

Gostei muito

Bjgrande do Lago

A.S. disse...

A chuva de palavras é sempre intensa depois de um prolongado estio...
Quando passar a tempestade, o sol virá de novo espreitar por entre as nuvens e iluminar os teus dias!...

Beijos... e saudades!
AL

O Árabe disse...

Cedemos sempre, amiga. Ainda bem que as palavras carregam as nossas dores, para que venham novas dores e novos sorrisos. Muito bom ver você de volta, boa semana.