Cedo. Na morte de ti. Na
máscara que ponho e tiro sem cessar. Amo-te. Agarro-me ao teu passado, ao nosso
viver, ao mar que te leva assim…sem mim.
Sem mim. Sem ti. Nós afogamo-nos
juntos nesta alma, neste terror. Cedo para ti. Cedo à dor, ao fogo, à sombra
que me atormenta. Estendo a mão e agarro o nada do presente. O nada daquilo que
sei ser meu. E não páro, nunca. E as palavras não param e caem como chuva em
ti. Em mim. As palavras que me traem, que me fazem chorar, que me levam esta
dor apenas para vir mais…
4 comentários:
Seja bom o regresso!
O texto, tal como aprecio, diz muito em breves palavras.
Bom feriado :)
Um amor do passado esperando a realização no presente.
Muito bonito e triste....
Gostei muito
Bjgrande do Lago
A chuva de palavras é sempre intensa depois de um prolongado estio...
Quando passar a tempestade, o sol virá de novo espreitar por entre as nuvens e iluminar os teus dias!...
Beijos... e saudades!
AL
Cedemos sempre, amiga. Ainda bem que as palavras carregam as nossas dores, para que venham novas dores e novos sorrisos. Muito bom ver você de volta, boa semana.
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