quarta-feira, 22 de julho de 2015

Esqueço-me de mim mesma. Perco-me no meio das tuas palavras, o meu coração cai-me aos pés quando te oiço...Despedaça-se. Quebra-se, rasga-se como uma folha de papel...essa que vai ao vento. Essas letras que se despedem de mim, porque não consigo mais. Vejo-te, mas não oiço o que dizes. "Não sei, não sei se é tempo". O tempo nunca chega. Nunca nos chegou. E agora desfaço-me. Minto-te como se falasse verdade. Cuspo mentiras na tua cara, atiro a minha alma ao chão e digo que "estou bem, eu aguento". Sinto-me de novo no baloiço, prestes a cair do precipício. Prestes a sentir que não sou nada, não valho nada, não mereço nada. Nulidade. O não existir. O não viver. O não parar de escrever para não sentir mais. Como se as palavras fossem mais do que mentiras. E como eu te menti...

3 comentários:

O Árabe disse...

Belo texto, do qual destaco uma frase: "estou bem, eu aguento". Quantas vezes a dizemos, enquanto desabamos por dentro! Boa semana, amiga; fica bem.

Brisa disse...

Olá Phoenix...

Pois é,o amor por vezes tem dessas coisas,mas viver é preciso...e na poesia te libertas...

Bjo

CÉU disse...

Minha querida!

Realidade ou ficção, o teu texto está muito bem escrito e dá gosto ler, apesar da angústia revelada pelo teu eu-lírico.
Isso, as palavras aliviam-te, então, usa e abusa delas, até ficarem de "tripas de fora".

Boa semana.

Beijos.